Cateretê
A vida é um baralho e as pessoas são as cartas
E sobre a mesa da terra o jogo ajunta e aparta
O mundo é um cassino o pra que a sorte se reparta
O jogador é o destino que faz o alce e dá as cartas.
Cada ano é o tempo e o tempo faz a jogada
A morte é o fim da trucada que corta o jogo e encarta.
O dinheiro é o rei de ouro, Rei do bem e rei do mal
Rei de espada é o rei da guerra, rei da morte é o rei de paus
Rei do amor é o rei de copas, este é o rei principal
Depois do rei o valete é a carta maioral.
As outras cartas restantes é o povo universal
O coringa reis dos reis, Deus nosso rei celestial.
Quatro reis, quatro valetes, quatro nove, quatro dez
Quatro oito, quatro sete, quatro cinco e quatro seis;
Quatro quatro, quatro dois, quatro ases e quatro três
Uma taca e um coringa que a justiça e lei
Meu coração apostei e três cartas estão perdidas
Pois no baralho da vida só uma dama encontrei.